sábado, 24 de novembro de 2012

Aula 11 (PRÁTICA)


AULA PRÁTICA 11 - Controle Químico

Na aula desta semana aprendemos sobre os diferentes tipos de produtos químicos que são utilizados para o controle de doenças de plantas.

Lembrando que os fungicidas e bactericidas podem estar envolvidos em vários princípios de controle, se um fungicida aplicado em lesões foliares conseguem eliminar ou diminuir o inóculo já formado, está atuando pelo principio da erradicação; essa erradicação implica sequencialmente na exclusão, na medida em que diminui a disseminação; o mesmo tratamento com fungicida pode cobrir a áreas foliares sadias, antes da chegada do inóculo, protegendo-as; pode também penetrar nos tecidos doentes, promovendo a terapia, ou nos tecidos sadios, imunizando-os quimicamente.

Os fungicidas podem ser classificados em dois tipos de acordo com sua mobilidade na planta:

Fungicidas Imóveis

            Aqueles que permanecem na superfície em que foram depositados, sem serem absorvidos nem translocados.

·         Erradicantes ou de contato
  Atuam diretamente sobre o patógeno, na fonte de inóculo (redução do inóculo).
            a) Tratamento de solo. Ex: Quintozene (PCNB);
            b) Tratamento de sementes. Ex:Thiram, Captan;
            c) Tratamento de inverno. Ex: Calda sulfo-cálcica.

·         Fungicidas protetores ou residuais
Promovem cobertura das partes suscetíveis do hospedeiro e formam uma camada superficial protetora antes da deposição do inoculo, impedindo a infecção.
Exs:    - Enxofre;
            - Cúpricos;
            - Ditiocarbamatos (Mancozeb);
            - Estrobilurinas (Kresoxim-metil, Piraclostrobina).

Fungicidas Móveis

·         Fungicidas sistêmicos (erradicantes, protetores e curativos)
São capazes de penetrar na planta e translocar através do seu sistema vascular, protegendo-a de novas infecções (efeito protetor), mas também atuam na colonização de patógenos já estabelecidos (efeito curativo).
Exs:    - Metalaxyl (específico p/ Oomicetos);
            - Benzimidazóis (Carbendazin, Tiofanato metílico);
            - Triazóis (Propiconazole, Tebuconazole);
            - Estrobilurinas (Azoxistrobin).


Exemplo de área com e sem o tratamento químico (A) e de falha na aplicação (B).



Aula 9 (PRÁTICA)


Na prática desta semana, tivemos aula com a Dr. Liliane Teixeira, que falou sobre as atividades desenvolvidas na clinica fitopatologia Prof. Hiroshi Kimati.

Nesta aula foi possível conhecer:
·         Objetivo da clínica fitopatológica, que é diagnosticar as doenças de plantas e recomendar medidas de controle viáveis, práticas e seguras;

·         Histórico e atividades desenvolvidas na clínica (Extensão, Pesquisa e Ensino);
·         O publico alvo, custos das consultas e horário de atendimento;
  •         Estatísticas de consulta do ano 2011, do número de amostras recebidas, do estado de procedências, do tipo de consulente, dos agentes causais e das culturas analisadas.


Atividade Extensão:
Na clinica fitopatológica, a diagnose das doenças é feitas por meio da observação dos sintomas e sinais do patógeno, seguida da comparação com a literatura disponível.

Exemplo:


A diagnose de doença desconhecida é feita por meio da utilização dos Postulados de Koch, que compreendem:

1-    Associação constante do patógeno com o hospedeiro.
2-     Isolamento do patógeno.
3-     Inoculação do patógeno e reprodução dos sintomas.
4-     Reisolamento do patógeno.

            Nesta aula também foi possível relembrar os principais agentes causadores de doenças de plantas (Fungos, Bactérias, Vírus e Fitoplasmas), bem como suas características morfológicas.

            Vimos os métodos que podem ser usados para a identificação dos patógenos:

- Bactérias: Testes bioquímicos (oxidase, ação pectolitica, etc.); hipersensibilidade em fumo; testes sorológicos; e testes moleculares.

- Vírus: Utilização de plantas indicadoras; microscopia eletrônica; ELISA; e PCR.

- Fitoplasmas: Microscopia eletrônica; testes sorológicos; e testes moleculares (PCR e RFLP).

Atividade Pesquisa:
·         Relacionadas aos materiais recebidos durante as consultas;
·         Etiologia de novas doenças;
·         Avaliação de métodos de controle;
·         Testes de produtos fitossanitários.

Atividade Ensino:
·         Aulas de graduação e pós-graduação;
·         Estágios supervisionados, férias, profissionalizantes, TCC;
·         Estudantes de outras instituições, estágios curriculares e não curriculares;
·         Pratica profissionalizante;
·         Projetos de pesquisa.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Aula 10

AULA PRÁTICA 10 – DIAGNOSE DE DOENÇAS DE PLANTAS II

Continuando com as aulas de diagnose, na aula prática dessa semana fizeram a diagnose de:

-    Pinta preta (mancha preta) em frutos de laranja causada por Guignardia citricarpa – Phyllosticta citricarpa. Só para lembrar, G. citricarpa é a fase sexuada e P. citricarpa é a fase assexuada.
-     Huanglongbing (HLB ou citrus greening ) em laranja causada por Candidatus Liberibacter spp.

 -     Helmitosporiose ou mancha marrom causada por Bipolanis sorokiniana - Cochliobolus sativus.
-     Mosaicos em uma cucurbitácea, os quais podem ser causados por Papaya ringspot virus – type W (PRSV-W), Watermelon mosaic virus 2 (WMV-2), Cucumber mosaic virus (CMV), Squash mosaic virus (SqMV) ou Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV). Além dos sintomas, para diagnose correta da virose, deve ser realizado o teste de ELISA.