terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Informação

Pessoal! muitos estão perguntando por uma pesquisa que vale até 1 ponto na terceira prova teórica, mais ela não existe.

sábado, 24 de novembro de 2012

Aula 11 (PRÁTICA)


AULA PRÁTICA 11 - Controle Químico

Na aula desta semana aprendemos sobre os diferentes tipos de produtos químicos que são utilizados para o controle de doenças de plantas.

Lembrando que os fungicidas e bactericidas podem estar envolvidos em vários princípios de controle, se um fungicida aplicado em lesões foliares conseguem eliminar ou diminuir o inóculo já formado, está atuando pelo principio da erradicação; essa erradicação implica sequencialmente na exclusão, na medida em que diminui a disseminação; o mesmo tratamento com fungicida pode cobrir a áreas foliares sadias, antes da chegada do inóculo, protegendo-as; pode também penetrar nos tecidos doentes, promovendo a terapia, ou nos tecidos sadios, imunizando-os quimicamente.

Os fungicidas podem ser classificados em dois tipos de acordo com sua mobilidade na planta:

Fungicidas Imóveis

            Aqueles que permanecem na superfície em que foram depositados, sem serem absorvidos nem translocados.

·         Erradicantes ou de contato
  Atuam diretamente sobre o patógeno, na fonte de inóculo (redução do inóculo).
            a) Tratamento de solo. Ex: Quintozene (PCNB);
            b) Tratamento de sementes. Ex:Thiram, Captan;
            c) Tratamento de inverno. Ex: Calda sulfo-cálcica.

·         Fungicidas protetores ou residuais
Promovem cobertura das partes suscetíveis do hospedeiro e formam uma camada superficial protetora antes da deposição do inoculo, impedindo a infecção.
Exs:    - Enxofre;
            - Cúpricos;
            - Ditiocarbamatos (Mancozeb);
            - Estrobilurinas (Kresoxim-metil, Piraclostrobina).

Fungicidas Móveis

·         Fungicidas sistêmicos (erradicantes, protetores e curativos)
São capazes de penetrar na planta e translocar através do seu sistema vascular, protegendo-a de novas infecções (efeito protetor), mas também atuam na colonização de patógenos já estabelecidos (efeito curativo).
Exs:    - Metalaxyl (específico p/ Oomicetos);
            - Benzimidazóis (Carbendazin, Tiofanato metílico);
            - Triazóis (Propiconazole, Tebuconazole);
            - Estrobilurinas (Azoxistrobin).


Exemplo de área com e sem o tratamento químico (A) e de falha na aplicação (B).



Aula 9 (PRÁTICA)


Na prática desta semana, tivemos aula com a Dr. Liliane Teixeira, que falou sobre as atividades desenvolvidas na clinica fitopatologia Prof. Hiroshi Kimati.

Nesta aula foi possível conhecer:
·         Objetivo da clínica fitopatológica, que é diagnosticar as doenças de plantas e recomendar medidas de controle viáveis, práticas e seguras;

·         Histórico e atividades desenvolvidas na clínica (Extensão, Pesquisa e Ensino);
·         O publico alvo, custos das consultas e horário de atendimento;
  •         Estatísticas de consulta do ano 2011, do número de amostras recebidas, do estado de procedências, do tipo de consulente, dos agentes causais e das culturas analisadas.


Atividade Extensão:
Na clinica fitopatológica, a diagnose das doenças é feitas por meio da observação dos sintomas e sinais do patógeno, seguida da comparação com a literatura disponível.

Exemplo:


A diagnose de doença desconhecida é feita por meio da utilização dos Postulados de Koch, que compreendem:

1-    Associação constante do patógeno com o hospedeiro.
2-     Isolamento do patógeno.
3-     Inoculação do patógeno e reprodução dos sintomas.
4-     Reisolamento do patógeno.

            Nesta aula também foi possível relembrar os principais agentes causadores de doenças de plantas (Fungos, Bactérias, Vírus e Fitoplasmas), bem como suas características morfológicas.

            Vimos os métodos que podem ser usados para a identificação dos patógenos:

- Bactérias: Testes bioquímicos (oxidase, ação pectolitica, etc.); hipersensibilidade em fumo; testes sorológicos; e testes moleculares.

- Vírus: Utilização de plantas indicadoras; microscopia eletrônica; ELISA; e PCR.

- Fitoplasmas: Microscopia eletrônica; testes sorológicos; e testes moleculares (PCR e RFLP).

Atividade Pesquisa:
·         Relacionadas aos materiais recebidos durante as consultas;
·         Etiologia de novas doenças;
·         Avaliação de métodos de controle;
·         Testes de produtos fitossanitários.

Atividade Ensino:
·         Aulas de graduação e pós-graduação;
·         Estágios supervisionados, férias, profissionalizantes, TCC;
·         Estudantes de outras instituições, estágios curriculares e não curriculares;
·         Pratica profissionalizante;
·         Projetos de pesquisa.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Aula 10

AULA PRÁTICA 10 – DIAGNOSE DE DOENÇAS DE PLANTAS II

Continuando com as aulas de diagnose, na aula prática dessa semana fizeram a diagnose de:

-    Pinta preta (mancha preta) em frutos de laranja causada por Guignardia citricarpa – Phyllosticta citricarpa. Só para lembrar, G. citricarpa é a fase sexuada e P. citricarpa é a fase assexuada.
-     Huanglongbing (HLB ou citrus greening ) em laranja causada por Candidatus Liberibacter spp.

 -     Helmitosporiose ou mancha marrom causada por Bipolanis sorokiniana - Cochliobolus sativus.
-     Mosaicos em uma cucurbitácea, os quais podem ser causados por Papaya ringspot virus – type W (PRSV-W), Watermelon mosaic virus 2 (WMV-2), Cucumber mosaic virus (CMV), Squash mosaic virus (SqMV) ou Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV). Além dos sintomas, para diagnose correta da virose, deve ser realizado o teste de ELISA.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Pesquisa - Até 0,5 na nota da segunda prova

Quais os princípios gerais de controle que são utilizados para manejo das doenças quarentenárias dos tipos A1 e A2. Explique como estes princípios são aplicados e dê exemplos.

Escreber na resposta nome e número USP. Respostas até meia noite do dia 31/10.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Aula 8 (Teórica)

AULA TEÓRICA 08 – EPIDEMIOLOGIA, CONCEITOS GERAIS E ESTUDOS DE CASO

A epidemiologia de doenças de plantas nada mais é do que o estudo das populações do patógeno e do hospedeiro e do contato entre elas, que leva a algo novo: a doença. Esta pode ser considerada como uma terceira classe de população: a população de lesões ou de plantas doentes. Dessa forma, a epidemiologia, pode distribuir a doença nos aspectos temporais e espaciais.

O objeto de arte da epidemiologia é melhor compreender o patossistema, de como ocorre o crescimento da população de lesões ou de plantas doentes no tempo e no espaço, levando em conta, as populações do hospedeiro e do patógeno (e do vetor), assim como as influências do clima e do homem sobre o patossistema considerado. Somente com essa compreensão o controle racional da doença pode ser alcançado.

A epidemiologia de doenças de plantas foi fundada por Vanderplank, em 1963, que identificou os padrões regulares, propondo os princípios gerais dessa área de conhecimento, classificando esses padrões em dois grupos: as doenças de juros simples ou monocíclicas (plantas infectadas durante o ciclo da cultura não servem de fonte de inóculo para novas infecções no mesmo ciclo) e as doenças de juros compostos ou policíclicas (plantas infectadas durante o ciclo da cultura servem de fonte de inóculo para novas infecções no mesmo ciclo). Como exemplos desses padrões, podemos observar algumas doenças abaixo:



Há vários modelos para explicar o crescimento temporal das doenças. Dentre esses modelos, podemos citar o modelo monomolecular, ligado às doenças de juros simples e o modelo logístico, ligados às doenças de juros compostos.

Para o crescimento espacial de doenças, temos vários padrões, como a distribuição da doença no campo de forma regular, ao acaso e agregado.

No estudo de caso, foram enfatizadas as doenças cancro cítrico e huanglongbing.

O cancro cítrico tem como agente causal, a bactéria Xanthomonas axonopodis pv. citri, com dispersão pela chuva + vento, a distâncias curtas, com padrão espacial fortemente agregado, a presença de aerossóis é frequente, mas não funcionais. O controle da doença se dá pela erradicação da planta doente e, demais plantas a partir desta, num raio de 30 m. No passado, a doença era 100% altamente agregado, mas com a introdução da larva minadora (Phyllocnistis citrella), em 1996, essa situação mudou, a distribuição da doença, no ano de 1999, apresentava um valor de 79% com agregação média ou acaso.

 http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2005/fotosju297online/ju297pg03a.jpg

A hipótese levantada para a mudança desse padrão era que o patossistema do cancro cítrico, em SP (até 1996), não estava completo. O patossistema completo era o que ocorria na Ásia: a bactéria, o hospedeiro e a larva minadora. No ano de 1999, houve mudança da lei em São Paulo, para a erradicação da doença, além dos 30 m, os talhões que apresentavam a incidência > 0,5%, todo o bloco (ou talhão) é eliminado. De 2001 a 2009, o comportamento foi mais ou menos estável. Isso é um exemplo de ajuste entre pesquisa e defesa, porém a partir de junho de 2009, houve um relaxamento da lei estadual e em consequência disso, houve um aumento na incidência de talhões infectados.

O huanglongbing (HLB) foi registrado no Estado de São Paulo e atualmente é uma das mais sérias doenças dos citros, com o aumento significativo de talhões infectados, pois além de apresentar plantas sintomáticas, há o dobro de plantas assintomáticas.

http://www.caes.gov.tw/english/images/plant_02_5.jpg

O controle da doença se dá pela utilização de mudas sadias, pela inspeção e erradicação, com controle químico do vetor. A forma de disseminação da doença ocorre por duas formas: disseminação primária (o patógeno é trazido de fora da plantação por insetos já infectivos a partir de fontes de inóculo externos) e pela disseminação secundária (o patógeno se dissemina de plantas infectadas para plantas sadias dentro da plantação). No primeiro caso, os inseticidas e a erradicação são ineficientes, enquanto que no segundo caso, são eficientes (na própria propriedade).

De modo contrário do que se pensa, o controle do HLB é tecnicamente fácil, baseado na inspeção e erradicação frequente da região considerada (com o uso do controle químico também). Deve haver cooperação entre os produtores e o governo deve impor regras mais rígidas para a implementação da Instrução Normativa 53 de 2008, pois o Estado de São Paulo tem a estrutura e o conhecimento para inspecionar e erradicar o HLB. Em resumo: tudo depende de vontade política para a inspeção e erradicação desta doença.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Aula 7


AULA TEÓRICA 07 – MECANISMOS DE ATAQUE DE FITOPATÓGENOS E DE DEFESA DAS PLANTAS


Antes da aula temática foi realizada uma pequena revisão sobre alguns ciclos das relações patógeno–hospedeiro, como a infecção (vias de penetração), colonização (padrões de colonização de tecidos vegetais) e reprodução, pois é nestes ciclos que o hospedeiro encontra-se doente e onde vai atuar os mecanismos de ataque dos patógenos e os de defesa das plantas.

A fisiologia do parasitismo é a especialidade dentro da fitopatologia que visa esclarecer as bases bioquímicas e fisiológicas das interações patógeno– hospedeiro. Abaixo está um quadro esquemático que explica bem essa interação.

As estratégias utilizadas pelos micro-organismos para causar doenças em plantas denomina-se mecanismos de ataque e estes são: as enzimas, as toxinas e os hormônios.

As enzimas são proteínas responsáveis pela catálise das reações anabólicas e catabólicas nas células dos seres vivos e são importantes na penetração, colonização e nutrição do patógeno. As principais enzimas são as cutinases, pectinases, celulases e hemicelulases. As pectinases (enzimas pectolíticas) estão intimamente ligadas às podridões, como as causadas pelas bactérias Erwinia e Pseudômonas e pelos fungos Phomopsis e Monilinia.

As toxinas são produtos de patógenos microbianos que causam danos aos tecidos vegetais e estão envolvidos no desenvolvimento das doenças. Os sintomas típicos incitados pelas toxinas são: necrose (queima e manchas), clorose e murchas.

Há dois grupos de fitotoxinas: as não-seletivas, que são tóxicas a várias espécies de plantas (hospedeiras ou não) e que induzem manifestação total/parcial dos sintomas, como exemplo desse grupo, temos a taxtomina A (secretada pela bactéria Streptomyces sp.) e as seletivas (patotoxinas), que são tóxicas em concentrações fisiológicas somente às espécies de plantas hospedeiras e são essenciais para o estabelecimento do patógeno/manifestação dos sintomas, como exemplo, temos a victorina, presente na interação Helminthosporium victoriae × aveia.

Os hormônios são compostos que ocorrem naturalmente nas plantas, ativos em concentrações baixas e que possuem a capacidade de promover, inibir ou modificar qualitativamente o crescimento das plantas, geralmente agindo à distância do sítio de produção. Os patógenos produzem todos os hormônios análogos a plantas (auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e ácido abscísico). Os sintomas típicos hormonais são: enfezamento, supercrescimento, roseta, epinastia, desfolha, ramificação excessiva de raízes e ramos e galhas. A bactéria Pseudomonas savastanoi, agente causal das galhas em oliveira, produz AIA in vitro, que é necessária para a formação galhas (virulência).

Os mecanismos de defesa das plantas contra fitopatógenos estão ligados à capacidade da planta em atrasar ou evitar a entrada e/ou subsequente atividade de um patógeno em seus tecidos, pois na natureza resistência é a regra, apresenta natureza dinâmica e coordenada, assim como efetividade contra patógenos, além de atuar em um sistema multicompetente.

Os mecanismos de defesa da planta podem ser estruturais e bioquímicos, ambos podem ser pré (passivos/constitutivos) e pós-formados (ativos/induzíveis).

Os mecanismos estruturais pré-formados causam atraso na penetração e estes são: cutícula, estômatos (citros × Xanthomonas axonopodis pv. citri), pilosidade e vasos condutores. Já os estruturais pós-formados, são os halos, papilas (deposição de material heterogêneo entre a membrana plasmática e a parede celular no sítio de infecção), lignificação, camadas de cortiça, camada de abscisão e tiloses (células do parênquima emitem porções do protoplasma para o interior dos elementos condutores).

Os mecanismos bioquímicos inibem o crescimento e ocasionam condições adversas para a sobrevivência do patógeno.

Os mecanismos bioquímicos pré-formados são os fenóis (ácido protocatecóico/catecol × Colletotrichum circinans), alcalóides, lactonas insaturadas, glicosídeos fenólicos, glicosídeos cianogênicos (cianeto de hidrogênio — sorgo × Gloeocercospora sorghi) e fototoxinas. Por sua vez, os pós-formados são as fitoalexinas (compostos antimicrobianos de baixa massa molecular, sintetizados pelas plantas, que acumulam em células vegetais em resposta à infecção microbiana — sorgo × Colletotrichum sublineolum), quitinases, β-1,3-glucanases, PR-proteínas, inibidores protéicos e as espécies reativas de oxigênio.

No final da aula foi explicado que o nível de resistência é a soma das contribuições de um número de mecanismos de resistência (constitutivos/induzidos), a exemplo do que foi encontrado no grau de resistência de genótipos de cevada ao ataque de Cochliobolus sativus.



AULA PRÁTICA 7 - DOENÇAS DO GRUPO VI


Esta semana vimos o último grupo de doença, onde estão as Viroses, as Galhas e os Carvões. Os patógenos deste grupo são biotróficos e apresentam o parasitismo evoluído e alta especificidade em relação à planta hospedeira.
Na aula realizamos apenas a lâmina do carvão da cana-de-açúcar. Porém, foi possível observar plantas de abobrinha, tomate e maracujá com virose e galhas em raízes causadas por nematóide e Agrobacterium sp.

Vírus: São agentes infecciosos que não possuem metabolismo próprio. São parasitas obrigatórios e utilizam os sistemas de síntese de ácido nucléico e de proteínas da célula hospedeira para sua replicação.

Vírus da Leprose dos citros (CiLV)

Vírus do vira cabeça do tomateiro (TSWV)
 

Vírus da abobrinha (ZYMV)





 Vírus do endurecimento do fruto do maracujazeiro (PWV)



Carvões: Doença caracterizada pela produção de massa pulverulenta escura, sendo esta massa escura constituída de estruturas reprodutivas do patógeno.

Carvão do milho: Ustilago maydis


Carvão da cana-de-açúcar: Sporisorium scitamineum


 Galhas: Galha é o nome dado ao intumescimento do tecido do vegetal, decorrente da infecção por um patógeno.

Meloidogyne sp.

 

Agrobacterium sp.
 

Controle: As doenças deste grupo podem ser controladas com o uso de variedades resistentes ou tolerantes, sementes e mudas certificadas e premunização para algumas viroses.



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Alteração no Calendário das Aulas Práticas (a partir de outubro)


Outubro
03-04                   Diagnose de doenças de plantas I                             Manual v.2
10-11                            **Semana Luiz de Queiroz – não haverá aulas**        
17-18          Clínica Fitopatológica – Dra. Liliane De Diana Teixeira
24-25                   Diagnose de doenças de plantas II                            Manual v.2
        
Novembro
31-01                   Controle de doenças de plantas I                      (15 a 17)/34 a 39
07-08          Controle de doenças de plantas II                     (15 a 17)/34 a 39
14               Revisão – somente turmas de quarta-feira
15                        **Proclamação da República - não haverá aulas**
21-22          Controle de doenças de plantas III                    (15 a 17)/34 a 39
28-29          SEGUNDA PROVA PRÁTICA
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Aula 6 (Teórica)

AULA TEÓRICA 06 – DOENÇAS ABIÓTICAS E INJÚRIAS

Para esta aula primeiro é importante lembrar os conceitos de doença e injúria.
Doença: É o mal funcionamento de células e tecidos do hospedeiro (planta) que resulta de sua contínua irritação por um agente patogênico ou fator ambiental e que conduz ao desenvolvimento de sintomas. O mal funcionamento pode resultar em dano parcial ou morte da planta ou de suas partes.
Injúria: Irritação momentânea.

Nas aulas anteriores vimos os diferentes agentes causais de doenças bióticas, tais como fungos, bactérias, fitoplasmas, espiroplasmas, vírus, viroides e nematoides. Nesta aula analisamos os agentes causais de doenças abióticas, suas características gerais, alguns exemplos e indicativos para fazer diagnose.

Os agentes causais das doenças abióticas podem ser:
-     Fatores ambientais: Temperatura, umidade, luz, nutrientes, pH.
-     Agentes químicos: Poluição atmosférica, herbicida, inseticida.
-     Toxemia de insetos.

As características gerais são:
-     Causadas por falta ou excesso de algo necessário para a vida das plantas (temperatura, umidade, luz, nutrientes) ou pela exposição a substâncias tóxicas.
-     Não são transmitidas para plantas sadias.
-     Afetam plantas em qualquer estádio.
-     Sintomas são bastante variáveis.

O conhecimento das doenças abióticas é importante no momento de fazer diagnose porque muitos fatores abióticos induzem sintomas semelhantes aos de doenças bióticas, como no caso de uma aplicação do herbicida Paraquat em milho que provocou machas foliares semelhantes às causadas por Phaeosphaeria maydis.

Diferente das doenças bióticas, nas doenças abióticas o agente causal geralmente não está presente no tecido da planta ou mesmo no ambiente durante a diagnose. No entanto, alguns agentes bióticos secundários podem invadir tecidos debilitados por fatores abióticos, dificultando a diagnose.

Alguns indicativos úteis para diagnose de doenças abióticas:
-     Ausência de sinais de agentes bióticos.
-     Sintomas aparecem de repente.
-     Sintoma com estádio de desenvolvimento semelhante e bastante uniforme. Em muitos casos os sintomas são simétricos.
-     Quando há lesões, as bordas são bem definidas.
-     Em campo, sintomas abióticos geralmente estão distribuídos uniformemente ou seguem a rota de aplicação de defensivos (se for esse o caso).
-     Diferentes espécies na área podem exibir o mesmo sintoma, exemplo, plantas com manchas foliares afetadas pela aplicação de um herbicida.

Não esqueçam também de fazer a análise detalhada do histórico da cultura e a análise dos sintomas e comparações com os já descritos na literatura. Se for possível, tentar a reprodução experimental dos sintomas da doença. Em alguns casos é possível curar a planta, por exemplo, corrigindo a deficiência nutricional do elemento escasso.