Na aula teórica dessa semana, relembramos
algumas características importantes dos vírus de plantas como constituição,
formas e dimensões. Vimos que para que uma virose se desenvolva são
necessários:
ü planta hospedeira suscetível,
ü vírus capaz de causar doença,
ü vetor para que o vírus seja transmitido e
ü ambiente (capaz de influenciar os três primeiros componentes).
Os vírus de plantas
podem ser disseminados via sementes, enxertia/material propagativo infectado,
mecanicamente (operações culturais) e por vetores. Dentre os vetores de vírus
de plantas, podemos destacar os insetos (afídeos, mosca branca, cigarrinhas,
tripes e besouros), ácaros, fungos e nematóides.
O quadro abaixo possui
informações a respeito dos tipos de relações vírus-vetor. Mas antes de entender
as relações, alguns conceitos DEVEM estar claros:
Tempo de aquisição: Período mínimo de
alimentação do vetor na planta para a aquisição do
vírus.Tempo de transmissão: Período mínimo de alimentação do vetor na planta para a transmissão do vírus.
Latência: Período entre a aquisição e o início da transmissão do vírus pelo vetor.
Tipos de relações vírus/vetores |
Relembremos
2 exemplos práticos discutidos em aula.
Exemplo 1: Vírus do mosaico do mamoeiro.
Sobrevivência:
mamoeiros e cucurbitáceas, sem transmissão via sementes, vetores: inúmeras
espécies de pulgões que não colonizam o mamoeiro, relação vírus/vetor: NÃO
PERSISTENTE (picada de prova= picadas superficiais, rápidas e em grande
número).
Exemplo 2: Vírus do vira cabeça do tomateiro.
Sobrevivência
em mais de 150 espécies vegetais, sem transmissão via semente, vetores: tripes,
relação vírus/vetor: PERSISTENTE PROPAGATIVO (aquisição do vírus somente no
estadio de larva – 15 minutos, vírus se multiplica no inseto que o transmite
durante toda vida).
Supondo
que você seja o agrônomo responsável em decidir a respeito do controle químico
em ambos os casos, você o faria? Se você lembrou-se da nossa aula com certeza
iria dizer que no exemplo 1 não! Não existe inseticida que mate o inseto em
poucos segundos ou minutos, antes que ele transmita o vírus para plantas sadias
(que nesse caso ocorre em questão de segundos). No exemplo 2 o controle químico
é possível, pois o vetor demora um tempo maior para transmitir o vírus de uma
planta doente para sadia, embora será mais eficiente na disseminação secundária
(dentro da plantação) do que na
disseminação primárias (de fora para dentro da plantação).
Viróides: Possuem molécula de RNA circular sem capa
protéica; são os menores agentes infecciosos capazes de causar doença, são
encontrados somente em plantas e podem ser transmitidos via pólen, semente e
mecanicamente.
Vimos Pectobacteriumsp. em pimentões e batatas.
Penicillium sp. em tangerinas.
AULA PRÁTICA 4 - Classificação de doenças de plantas
Esta semana vimos que existem algumas maneiras de classificar as doenças de plantas, como por exemplo, baseando se no agente causal, no hospedeiro ou nos processos fisiológicos do hospedeiro que são interferidos pelas doenças (classificação de McNew).
Nessa semana vimos:
Grupo I – Podridões de órgãos de reserva: Neste grupo os sintomas típicos é podridão mole, devido à ação de enzimas celulolíticas e pectinolíticas, e podridão seca que podem ocorrem em frutos, sementes e órgão de reserva. Como estratégias de controle para esse grupo de doenças podemos utilizar atmosfera modificada, armazenamento em baixas temperaturas, controle químico preventivo e principalmente evitar ferimentos nos órgão colhidos.
Vimos Pectobacteriumsp. em pimentões e batatas.
Rhizopus sp. em morangos.
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